Você já ouviu falar sobre perda urinária durante uma conversa com amigas?
Talvez alguém tenha comentado sobre um episódio de riso que terminou em um pequeno acidente ou um momento em que a urina simplesmente escapou durante uma atividade física.
É possível que você tenha ouvido de sua mãe ou avó que essa é uma ocorrência normal em mulheres grávidas ou após o parto. No entanto, você sabia que a incontinência urinária é um problema que pode afetar qualquer pessoa, incluindo atletas, e não é exclusivo a gestantes?
A incontinência urinária envolve a perda involuntária de urina e existem diferentes tipos, incluindo:
- Por esforço, quando ocorre uma perda de urina ao tossir, espirrar, dançar, pular, rir ou fazer esforço físico;
- Quando você não consegue controlar a vontade de urinar até chegar ao banheiro;
- Durante o sono;
- Por estresse, quando você está muito ansiosa ou estressada.
Embora possa ser comum, a perda urinária nunca é normal. Esse problema pode afetar significativamente a qualidade de vida de muitas mulheres, impedindo-as de fazer coisas que gostam. Embora existam soluções temporárias, como calcinhas absorventes, é importante lembrar que elas não são um tratamento adequado.
A fisioterapia pélvica pode ajudar a identificar a causa raiz do problema, que pode ser causado por diferentes fatores, como:
- Falta de coordenação da musculatura perineal (músculos rígidos demais ou fracos demais),
- Incapacidade do assoalho pélvico de conter o aumento da pressão abdominal durante tosse, espirro, ou esforço, ou até mesmo a incapacidade da bexiga de sustentar o enchimento sem ocorrência de escape.
- Consumo de líquidos que irritam a bexiga.
Encontrar a causa do problema é fundamental para o tratamento adequado. A fisioterapia é o melhor tratamento para incontinência urinária segundo um consenso sobre continência, pois ajuda a resolver a causa raiz do problema, o que pode ajudar a eliminar os sintomas persistentes por anos.
No futuro, esperamos ouvir que a prevenção é o melhor tratamento e não que perder urina é algo normal. Além disso, esperamos que as pessoas aprendam desde cedo a coordenar os músculos íntimos – sabendo como contrair, relaxar e associar com a respiração.
Conheça o seu corpo, conhecimento é um ato de amor próprio.
Déborah Corrêa
Crefito- 285988